Por que dizer “não” é tão difícil — e por que isso importa para sua saúde emocional
- Isabelle Paiva
- 8 de mai.
- 2 min de leitura
Quantas vezes você já disse “sim” querendo dizer “não”?
Talvez por medo de magoar alguém, de parecer egoísta, ou simplesmente porque aprendeu que agradar era a única maneira de se sentir amada. Essa é uma queixa muito comum entre pacientes que atendo na clínica — especialmente mulheres. E, muitas vezes, essa dificuldade em colocar limites vem acompanhada de culpa, cansaço e, aos poucos, uma desconexão de si mesma.
A raiz do problema
A dificuldade em dizer “não” não é falta de força de vontade. É, na verdade, um traço que costuma se formar cedo, quando aprendemos que o cuidado com o outro deve vir antes do cuidado com a gente. É uma forma de se proteger, de se manter pertencente, de evitar rejeições.
Mas com o tempo, esse padrão cobra um preço alto: cansaço emocional, baixa autoestima, dificuldade de tomar decisões e uma sensação constante de estar sendo invadida — pelas demandas, pelas expectativas dos outros e até pelos próprios pensamentos.
Dizer “não” é um ato de cuidado
Pode soar estranho no começo, mas aprender a dizer “não” é uma forma de dizer “sim” para você mesma. Para o seu tempo, para o seu corpo, para os seus limites. E isso não é egoísmo — é honestidade afetiva. É saúde emocional.
Na Gestalt-terapia, um dos nossos pilares é a autoescuta. Perceber como você se sente diante das situações, onde seu corpo tensiona, o que se repete nos seus relacionamentos — tudo isso faz parte do processo terapêutico.
E, aos poucos, você aprende a se respeitar com mais leveza.
Um convite
Se você também sente dificuldade em dizer “não” e quer aprender a colocar limites com mais consciência e afeto, saiba que esse caminho pode ser percorrido com acolhimento.
A psicoterapia pode ser esse espaço seguro, onde você não precisa dar conta de tudo sozinha.
🤍 Com carinho,
Isabelle Paiva
CRP 06/167435

Comments